quinta-feira, 3 de julho de 2008

[Ensaio] Teoria da relatividade e as noites tropicais...

Em 1905, um doidão trocou os conceitos independentes de tempo e espaço da antiga teoria de Newton, considerando espaço-tempo como uma entidade geométrica, o que resultou na hipótese de haverem 4 dimensões: 1 atemporal, e outras 3 espaciais (onde poderiam ser aplicados conceitos materiais e geométricos). Alguns anos depois, o mesmo doidão incluiu nos cálculos que embasam esta teoria os efeitos da gravidade, e deu-lhe o nome de Teoria Geral da Relatividade. Parece complicado à primeira vista, mas tudo isso não passa de desdobramentos do estudo da mecânica dos movimentos (isso mesmo, camarada: aqueles exercícios chatos do segundo grau, de Movimento Retilínio Uniforme, etc!), aplicados à dinâmica espacial do universo, relacionadas ao tempo e adicionadas do coeficiente da velocidade da luz no vácuo, ao quadrado, para dar-nos uma noção de comprimento (afinal, não teria sentido somar tempo e distância, simploriamente)...só isso! Tudo isso porque um outro doidão, muito antes, passou um tempo olhando pro céu, e numa de suas piras percebeu que cada elemento que compõe o universo se move em relação ao outro (o sol não é o centro do universo, apenas um ponto de referência em relação à terra!) - e que o sol também se move, se considerado em relação a outro ponto de referência. Ora, se não existe movimento sem deslocamento no tempo, temos que enquanto o tempo se desloca (ou seja, sempre!) estaremos em movimento em relação a algum ponto de referência remoto. Simplificando, estar 'parado' significa apenas que encontramos uma forma de não nos deslocarmos em relação a pontos de referência próximos. Essa relação entre movimento e ponto de referência deu origem ao princípio da relatividade, que por sua vez deu origem às teorias da relatividade (que considera o tempo interagindo com as outras 3 dimensões conhecidas, e a velocidade da luz - sobretudo considerando-se pontos remotos do universo, como uma outra galáxia, por exemplo)...De todo esse embroglio teórico, tem-se que se um indivíduo for considerado isoladamente num ponto remoto no espaço, e colocarmos instantaneamente ao seu lado uma massa suficientemente grande, a deformação que esta massa causará no espaço-tempo em sua vizinhança irá curvar e alterar as coordenadas originais do espaço-tempo no local (afinal, segundo a teoria do doidão, existe essa interação geométrica, 4 dimensões - sendo uma atemporal - lembra?!). Num exemplo meramente ilustrativo, essa deformação seria como soltar uma esfera de massa considerável sobre uma cama elástica: a esfera produzirá uma deformidade na cama elástica, diretamente proporcional à sua massa. Deste modo, na teoria da relatividade geral, não existe ação à distância e a gravidade não é uma força mas sim uma deformação geométria do espaço encurvado pela presença nele de massa, energia ou momento.

Isso explica, por exemplo, o movimento do bêbado em direção à parede: como suas orientações sensoriais estão sensibilizadas pelo consumo excessivo do álcool, relativizando-as, ele busca um ponto de referência fixo para poder estabelecer sua sensação de inércia - a parede - enquanto tudo à sua volta se movimenta na dinâmica espaço-tempo já mencionada! Ao segurar a parede (elemento de massa superior à sua), o bêbado restabelece um ponto de referência, e continua vendo o resto do mundo girar à sua volta.
De um modo parecido, enquanto você fita nos olhos uma bela mulher - e o movimento à sua volta parece inerte por alguns instantes - aquela gordinha bêbada chega e começa a puxar assunto, sem que você perceba o deslocamento dela em relação à sua pessoa, queimando o seu filme e perdendo-se o tempo em que você deveria começar seu Movimento Retilíneo Uniforme em relação à beldade que antes lhe dava condição. Ora, o indivíduo estava em um espaço remoto (em movimento geodésico representado por uma linha reta em direção ao futuro!). Ao colocarmos instantaneamente ao seu lado uma massa suficientemente grande, a deformação causada no espaço-tempo em sua vizinhança irá curvar e alterar as coordenadas originais do espaço-tempo no local (no exemplo, a deformação causada no espaço-tempo à sua vizinhança é representada como a gordinha queimando o seu filme!).
E tem mais: se o movimento geodésico causado pela gordinha bêbada for gerado num ponto próximo ao bêbado encostado na parede do primeiro exemplo, o bêbado se desprenderá de seu ponto de referência inercial, e orbitará em torno dela enquanto os efeitos do álcool estiverem afetando seus elementos sensoriais - tal qual ocorre com a lua, quando gravita em torno da terra!
Uma terceira hipótese é a que o indivíduo esteja sóbrio, mas a gordinha e sua considerável massa estejam completamente embriagadas...aí, meu chapa, o único jeito de se livrar da força geodésica exercida pelo elemento de massa considerável é aplicando uma força ainda maior que o seu poder de atração, e adquirir movimento propulsório em direção contrária à área de influência gravitacional. Num exemplo prático, é o mesmo que dizer "Vou ao banheiro!" ou "Meus amigos estão me chamando!", e não mais voltar - caso contrário, você será sugado em direção à "força" gravitacional (ou, na teoria da relatividade, a deformação geométrica do espaço) exercida, mas aí já entramos em teorias derivadas, buracos negros, nebulosas, etc.
Bom, vou parando por aqui, que o Stephen Hawking já está quase levantando da cadeira pra me dar uma surra, e o Einsten vai puxar meu pé de noite! Mas algo me diz que o Galileu e o Newton estão rindo da avacalhação! hehehe

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OBS: Atenção universitários em busca de artigos, alunos de segundo grau, e afins - este é um texto literário, livre, e sem qualquer preocupação com a realidade efetiva das ciências exatas! O professor vai te dar zero se V.Sa. usar isso como trabalho pra feira de ciências!

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