Em um mundo cada vez mais atulhado por tecnologias, sistemas de informação, e sobretudo computadores mais velozes, o trabalhador brasileiro se depara com um dilema cada vez maior: o que fazer no tempo livre gerado pelos avanços tecnológicos, sobretudo no ambiente de trabalho?!
Ora! Se aumenta a produtividade sem aumentar o salário, o trabalhador não ganha nada em troca pelo que está trabalhando "a mais". Mas se o tempo "livre" gerado pela ampliação das tecnologias não é remunerado, ele pertence ao patrão? Mas e se a produtividade do patrão não aumenta junto com a de seus subordinados, por que ele merece o lucro advindo das inovações tecnológicas?! Esse tempo não pertence a ninguém??!
Enfim, embora a discussão quanto a quem pertence o trabalho realizado não esteja mais na moda (o bom e velho 'Capital' empoeirado na última prateleira do canto esquerdo que o diga!), nota-se que quanto mais tecnologia disponível, mais o assalariado se entretém com outras coisas: orkut, MSN, blog, jornais, youtube...quem nunca deu uma escapadinha durante o expediente?!? "Ah, mas no meu trabalho é bloqueado!" - ora, amigão, se você já descobriu isso é porque pelo menos já tentou...e isso tem um nome bem interessante: ABSENTEÍSMO!
Absenteísmo é a arte de produzir menos, num espaço de tempo onde seria plenamente possível produzir mais - e nele está incluído o tempo que você demora pra preparar o cafezinho, abrir o powerpoint que a colega crente lhe enviou, ou pesquisar para sua filha um trabalho pronto no Google. É natural...é a milenar arte do corpo mole, de enrolar, da malemolência, da catimba...enrolar faz parte do trabalho, uma arte para poucos (só quem está realmente muito bem preparado para exercê-la consegue passar totalmente despercebido, ora conversando coisas supostamente importantes ao cruzar com alguém no corredor, ou ficar horas e horas ouvindo os problemas da velhinha que necessita única e exclusivamente da atenção de alguém, nem que seja o atendente de telemarketing).
Trabalho? Atire a primeira pedra quem nunca matou...
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Um comentário:
É, amigão. Que rasgue o cartão ponto quem nunca matou... É uma arte, viciante e inebriante.
Tá aí nosso blog pra comprovar.
Grande abraço!
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